Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quinta, 28 de Novembro de 2024

Ampliação do aeroporto de Ribeirão Preto está dentro da lei, diz Alckmin

04/06/2013
O governador do Estado de São Paulo (SP), Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (3) que o projeto de ampliação do Aeroporto Estadual Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), questionado pelo Ministério Público, atende a todas as normas ambientais. A declaração foi feita durante uma visita a Dobrada (SP), onde ele anunciou obras para a região.
 
A alegação veio em resposta a duas ações do MP contra as obras de expansão do aeroporto que questionam o tamanho da pista e as adequações necessárias para a operação de aviões cargueiros. Apesar disso, Alckmin defendeu que a expansão da pista foi planejada de modo a não gerar impacto sobre o bairro próximo ao local e a reduzir a curva de ruído.
 
Segundo o governador, para que a ampliação não afete os arredores a avenida de acesso ao aeroporto será construída por baixo da pista, projeto semelhante a um implantado em São Carlos (SP), alega Alckmin. "O aeroporto de Ribeirão Preto é o mais importante do Daesp [Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo], é o aeroporto que mais cresce, e daqui a 90 dias terá inaugurada a área internacional, que vai beneficiar toda a região e o interior de São Paulo.  É uma obra necessária, atendendo ao meio ambiente, mas promovendo o desenvolvimento do modal que mais cresce hoje, que é o modal aeroviário", afirmou.
 
O caso
 
O Ministério Público entrou com duas ações civis públicas contra as obras de ampliação do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão. Segundo o promotor de Justiça Antonio Alberto Machado, autor dos processos, para que sejam cumpridas todas as normas estabelecidas para a instalação de um terminal internacional de cargas, o aeroporto deve ser construído em outro lugar.
 
As ações pedem readequações principalmente com relação ao tamanho da pista, hoje com 1,7 mil metros de extensão. Embora um acordo judicial determine a ampliação para, no máximo, 2,1 mil metros, o plano de obras prevê a ampliação para 2,6 mil metros. Segundo o promotor, a medida obrigaria o alargamento em 220 metros para cada lado da pista e, consequentemente, a desocupação de casas no entorno do aeroporto, além de impactos ambientais.
 
A ação diz ainda que, mesmo que a ampliação seja concretizada, o aeroporto estaria inadequado para receber cargueiros. Segundo Machado, o tamanho da pista – mesmo com 2,6 mil metros de comprimento – estaria abaixo do mínimo de 3.290 metros para que aviões dos modelos 767-200 e 767-300 possam decolar e pousar.