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Terça, 26 de Novembro de 2024

Maioria de mulheres com cancro da mama faz radioterapia por tempo excessivo

12/12/2014

Dois terços das mulheres com cancro precoce da mama são tratadas com radioterapia por mais tempo que o necessário, segundo um estudo publicado num jornal especializado em medicina nos EUA, avança o Diário Digital.


A grande maioria das mulheres submetida nos EUA à retirada de um tumor para preservar a mama recebeu radioterapia durante seis a sete semanas, segundo o Jornal da Associação Médica Americana (JAMA). Mas testes clínicos e recomendações de várias associações médicas dos EUA indicam que três semanas bastam, usando a técnica denominada radioterapia hipofracionada.

 

O procedimento consiste em administrar doses mais elevadas de radiação por sessão durante duas vezes menos tempo. Este tratamento é eficaz para tratar o cancro da mama, além de ser mais prático e barato.

 

"A radioterapia hipofracionada não costuma ser usada em mulheres com cancro precoce da mama, mesmo sendo de melhor qualidade e mais barato", explicou Justin Bekelman, professor de radiologia de cancro e principal autor do estudo.

 

"Clinicamente, isto equivale a uma radioterapia mais longa para um cancro da mama com efeitos colaterais similares", destacou.

 

A radioterapia diária entre cinco e sete semanas para mulheres operadas a um tumor em estágio inicial foi o tratamento privilegiado durante décadas nos EUA.

 

Os autores determinaram que, em 2013, 34,5% das mulheres com mais de 50 anos receberam radioterapias hipofracionadas contra 10,8% em 2008. Mas entre as mulheres jovens e aquelas com tumores mais avançados, só 21,1% beneficiaram deste tratamento no ano passado.

 

Os cientistas determinaram que este tipo de radioterapia reduz os custos totais dos cuidados com seguros de saúde.