Conheça os riscos do hidrogel, que causou o problema na modelo Andressa Urach
A "ex-vice" miss bumbum e, agora, apresentadora, Andressa Urach, está entre a vida e morte em nome da beleza. Conhecida pelo seu corpo escultural, a também modelo gaúcha construiu sua carreira com o apoio de várias cirurgias plásticas, entre elas, o aumento do volume das coxas por meio de injeções de hidrogel.
A substância é uma mistura de poliamida sintética e solução fisiológica, e é usada para pequenos preenchimentos de deformidades na pele, como rugas, e na correção de assimetria em tecidos moles. Como o hidrogel causa aumento do volume da região em que é aplicado, a modelo Andressa Urach tinha usado 400 ml do produto em cada coxa, dando aspecto de pernas malhadas.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), apenas pequenas quantidades de hidrogel são recomendadas por aplicação, quando há a necessidade de usar o produto. O volume injetado pela apresentadora é considerado elevado – equivalente a cerca de 200 vezes a quantidade recomendada pelo CFM. Dentre os riscos dessa intervenção estética estão problemas circulatórios por compressão dos vasos sanguíneos, embolia pulmonar e infecção generalizada.
Desejando voltar a ter o aspecto natural das coxas, Adressa utilizou um dreno para a retirada do material sintético, mas um resquício do produto causou uma infecção generalizada e, agora, a modelo luta por sua vida na UTI do hospital Conceição, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
De acordo a presidente do departamento de dermatologia de Associação Médica de Minas Gerais, Maria Silvia Laborne, essa substância não é mais usada na área dermatológica para preencher rugas. "O acído hialurônico é que tem essa finalidade e é absorvido pelo corpo após um ano. A substância vem lacrada, não é manipulada e usada apenas para preencher pequenos volumes", afirma.
Mesmo sendo um procedimento estético menos invasivo, a especialista lembra que a aplicação de hidrogel não pode ser realizada em clínicas de estética ou salões de beleza, por exemplo. Apenas médicos são autorizados e, por segurança, a recomendação é que se verifique se o profissional é autorizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ou pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para a realização desse procedimento.