Espanhol procurado pela Interpol por tráfico de mulheres é preso em Goiás
Procurado pela Interpol, o espanhol Enrique Gomez Perez, de 56 anos, foi preso por policiais militares em Niquelândia, no norte de Goiás, na noite de segunda-feira (8). Ele é suspeito de tráfico internacional para fins de exploração sexual e formação de quadrilha.
Segundo explicou ao G1 o chefe do escritório da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Navajas, o homem está preso em cumprimento de um mandado de prisão expedido pela Justiça de Palmas (TO) que, apesar de ser resultado de uma investigação independente, se refere aos mesmos crimes pelos quais o homem era procurado na Espanha.
“Da nossa parte, comunicamos a Espanha que ele foi localizado e preso pelo mandado brasileiro para que a Espanha possa pedir a extradição. Assim que o Supremo Tribunal Federal expedir o mandado de extradição, aí sim, ele passa a ficar sob nossa responsabilidade”, afirma Navajas.
Prisão
De acordo com a Polícia Militar de Niquelândia, que tem cerca de 45 mil habitantes, os policiais da cidade receberam informações sobre uma movimentação intensa e suspeita em uma casa no Bairro Everest. Ao chegar ao local, por volta de 20h de segunda-feira, encontraram o suspeito, com a mulher e uma filha.
Os policiais consultaram o banco de dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinep) e constataram os mandados de prisão em aberto.
Segundo o capitão da PM, Pedro Rodrigues dos Santos, Enrique Perez não usava documento falso. Apesar das denúncias recebidas pela polícia, não foi constatado, naquele local, nenhuma prática ilícita.
Entretanto, de acordo com o capitão, a esposa do suspeito afirmou aos policiais que tinha sido vítima do esquema de prostituição internacional do homem. “Após a prisão, ela se aproximou e contou que já tinha ido para a Espanha para ficar em uma casa onde havia outras garotas, para se prostituir. Pensando em se proteger um pouco ela se envolveu amorosamente com ele, chegando a ter uma filha”, afirma Pedro Rodrigues.
“Acho que ele veio para cá porque nunca acredita que seria abordado por alguém em uma cidade tão pequena”, acredita o capitão.
Segundo a Polícia Militar, o espanhol está preso na cadeia de Niquelândia.