Brasil é quarto mais lento na redução da mortalidade materna, revela estudo
Um levantamento da Organização Mundial de Saúde mostrou que o Brasil ainda está lá atrás quando o assunto é redução da mortalidade materna. São mães que ainda morrem durante ou logo após o parto.
O estudo mostra que o Brasil é o quarto país mais lento na redução da mortalidade materna. Foram analisadas taxas entre 2000 e 2013 de 75 países.
Só existe uma maternidade pública para atender todo o estado do Amapá. Faltam profissionais, leitos. Uma foto mostra duas grávidas ocupando a mesma cama. Foi tirada por um dos acompanhantes. No mesmo hospital o bebê da Andrea morreu no parto.
No Brasil, de cada mil crianças nascidas ano passado, 14 não resistiram.
O relatório fala ainda de mortes das mães. A proporção no ano passado foi: de cada 100 mil nascidos, 69 mães morreram no parto ou faleceram depois de dar à luz por complicações. As principais causas: hemorragia e hipertensão.
O número representa quase o dobro da meta assumida, que é de no máximo 35 mortes até 2015
Dos países analisados, o Brasil foi o quarto, empatado com Madagascar, que menos reduziu a taxa de mortalidade de mães. De 2000 até 2013, a queda, por ano, foi de 1,7%. Os dois só perdem para Guatemala, África do Sul e Iraque.
O estudo diz que os países precisam melhorar a qualidade do atendimento do pré e do pós-parto, com profissionais mais bem preparados e equipamentos melhores. E que também precisam se concentrar em políticas de planejamento familiar.
O Brasil não informou se a meta de reduzir a taxa de mortalidade das mães será cumprida. Mas alegou que os números já estão melhorando e que vem tomando medidas para reduzir a quantidade de cesarianas sem indicação, que contribuem para as mortes.
O Ministério da Saúde quer reduzir o número de casos de cesárias, que chegam a 42% na rede pública.