A hora e a vez das mulheres empreendedoras
Você já pensou em ter seu próprio negócio? Se você é mulher, existem mais chances de ter respondido "sim" a essa pergunta. Nos últimos anos o tema "empreendedorismo feminino" tem ganhado cada vez mais destaque na mídia. Lá em 2012 eu comecei (meio que por acidente) a atuar na área e fui uma das pioneiras no Brasil. Idealizei e criei o Jogo de Damas; que era inicialmente uma série de eventos para mulheres empreendedoras. Antes de mim, que eu saiba, tinha apenas uma ou outra iniciativa, no geral tímida. Destaque aqui para a Ana Fontes, que já tinha um projeto desde 2010. De lá pra cá muita coisa mudou. Muita mesmo! Só em Porto Alegre e região surgiram vários grupos depois do Jogo de Damas, o assunto é pauta em diversos jornais, revistas e veículos de imprensa e a tendência é que ganhe cada vez mais espaço.
Há cinco anos a Dell, sabendo da importância econômica do empreendedorismo feminino, reconhece essa tendência de mercado e economia e promove o DWEN (Dell Women's Entrepreneur Network): evento sobre e para mulheres empreendedoras. Estou fazendo a cobertura da quinta edição do evento (as outras aconteceram na Índia, China, Turquia e Brasil) que acontece até esta terça, 3 de junho, em Austin, no Texas. Está tudo incrível: temática, organização, palestrantes, participantes! Estão aqui reunidos apenas 300 convidados, dentre eles experts em empreendedorismo feminino, empresárias de sucesso e mídia do mundo inteiro.
Agora há pouco foi divulgada a segunda edição do Gender GEDI Index, único índice global que mensura a atuação de mulheres empreendedoras. Foram analisados 30 países, dentre eles o Brasil - que melhorou de posição no ranking, porém ainda está atrás do Chile, que é o líder na América Latina. Embora o estudo tenha mostrado avanços, ele também explicita que 75% dos países pesquisados ainda não atendem as condições fundamentais necessárias para o desenvolvimento do empreendedorismo feminino.
Ah! Importantíssimo lembrar que "empreendedorismo feminino" é um assunto que interessa a todos, homens e mulheres, governo e iniciativa privada. A participação da mulher na economia é fundamental para promover a inovação, gerar emprego e renda e, principalmente, para o desenvolvimento econômico sustentável.
Dentre tudo o que foi abordado no índice, destaco aqui o fato de muitas indústrias continuarem predominantemente masculinas, especialmente a área tecnológica. Apesar disso cresce cada vez mais o número de startups fundadas por mulheres, especialmente em países em desenvolvimento.
Sempre reforcei a necessidade de termos exemplos femininos e de darmos mais visibilidade para mulheres de sucesso. A pesquisa mostra que esses exemplos são tão importantes quanto o acesso à educação.
Networking. Networking. Networking. Um dos pilares da minha empresa é justamente esse - e não é à toa. Redes de relacionamento e interação cumprem papel fundamental no desenvolvimento dos negócios femininos. Assim, se você é mulher, fica meu conselho: participe se eventos sérios, com conteúdo e credibilidade. Você e seu negócio só têm a ganhar!