Xuxa sai chorando do Congresso e recebe apoio de Junno
Não sei se o amor que eu sentia pela Xuxa quando eu era menor seria outro se na época eu soubesse que a Rainha dos Baixinhos havia protagonizando cenas quentes com um menino de 12 anos em um filme. Não sei mesmo.
O que eu sei é que a Xuxa deve tremer nas bases sempre que a película é lembrada, né? E ontem, como bem sabemos, na tal reunião da Comissão de Constituição da Câmara, no Congresso Nacional, onde rolou a discussão sobre o projeto de lei que protege crianças vítimas de agressões violentas no ambiente familiar, a Lei da Palmada, Xuxa acabou sendo atacada pelo deputado Pastor Eurico (PSB – PE) e saiu chorando da reunião. O religioso afirmou que a apresentadora não era exemplo de proteção por ter participado do tal filme erótico – referindo-se ao longa Amor Estranho Amor (1982).
“A conhecida ‘Rainha dos Baixinhos’ protagonizou em 1982 a maior violência contra as crianças quando fez um filme pornô”, disse.
Sem direito de resposta, já que não pertence ao comitê, a apresentadora apenas fez um gesto de coração com as mãos. No entanto, foi defendida pelas vozes dos outros integrantes da mesa, que não tomaram partido da opinião de Eurico.
O deputado Júlio Delgado (PSB – MG) tentou amenizar a situação e se desculpou com Xuxa.
“O deputado [Pastor Eurico] não será mais titular da comissão e o que ele diz de jeito nenhum representa o que pensa a bancada. Desculpe, me desculpe, de coração”, disse para a apresentadora.
Xuxa não se conteve, encheu os olhos e começou a chorar, antes de responder, elegantemente, de acordo com a revista Veja:
“Olha, a minha mãe é evangélica, outras pessoas na minha família são evangélicas. Eu sei que isso não é uma coisa dos evangélicos, mas, individual, só daquela pessoa”.
Junno Andrade, namorado de Xuxa, utilizou a internet para defender o posicionamento da amada. Ele compartilhou uma imagem com o momento em que a loira responde ao ataque e não economizou nos elogios.
“[…] alguns hipócritas têm o desplante e a coragem de agir em ‘nome de Deus’ e ainda se sentem à vontade e no direito de apontar seus dedos sujos, cheios de culpa e preconceito para julgar alguém”, escreveu ele, parabenizando aos outros envolvidos no projeto que virou lei, após votação favorável.
E completou: “Parabéns, Xuxa (Xuxuca). Hoje você demonstrou um pouco mais da sua linda missão nesse planeta. Posso imaginar o tamanho do seu sorriso nesse momento! Que honra poder caminhar ao seu lado”.