UBM: Mais Poder Político para as Mulheres!
07/03/2014
Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o mundo inteiro se levanta para lutar e comemorar a data "em que o movimento feminista internacional marca a trajetória da participação ativa das mulheres para transformarem a sua vida e a sociedade". Confira abaixo a nota da União Brasileira de Mulheres (UBM) sobre o 8 de Março.
União Brasileira de Mulheres
Mais Poder Político para as Mulheres!
As mulheres do mundo inteiro se levantam para lutar e comemorar o 8 de Março, data em que o movimento feminista internacional marca a trajetória da participação ativa das mulheres para transformarem a sua vida e a sociedade.
Nós, militantes da União Brasileira de Mulheres (UBM), de todas as idades, raças, classes e orientação sexual, vimos denunciando o patriarcado como o sistema de opressão das mulheres e o capitalismo como o sistema de exploração de uma imensa maioria de mulheres e homens. Já em nosso Congresso de fundação, ocorrido em 1988, adotamos a frase “Por um mundo de igualdade, contra toda opressão”, demonstrando nossa compreensão que é preciso combater estes dois sistemas que se ligam e se reforçam mutuamente. E, desta forma, ao combater estes sistemas, denunciamos as muitas formas históricas do Imperialismo, o racismo, o sexismo, a misoginia, a xenofobia, a homofobia.
Neste 8 de março de 2014, continuaremos lutando por mais poder político para as mulheres. Sabemos que para aprofundar a democracia é preciso que as mulheres participem das mais diversas esferas de decisão: nas universidades, nos partidos políticos, nas gestões públicas, nas casas legislativas, no poder judiciário, nas entidades e movimentos sociais e sindicais. Gerações de mulheres, em todos os tempos, dão o melhor de suas vidas quando lutam contra todas as formas de escravidão e pela autodeterminação dos povos em todo o mundo; quando dizem não às guerras e defendem a paz para mulheres e homens em sua diversidade de jeitos, cores e crenças; quando atuam por uma América Latina altiva, unida, diversa e soberana; quando defendem um Brasil, radicalmente democrático, que, além de passar a limpo sua história e memória, se transforme numa grande potência econômica, energética, alimentar, científica e divida riquezas com a esmagadora maioria do povo trabalhador.
Continuaremos a batalhar com os demais movimentos feministas e sociais por igualdade de direitos e na remuneração do trabalho, no acesso aos postos de representação, nas oportunidades de ascensão e melhoria de qualidade de vida, na democratização da mídia, dentre outros. Estes embates, no seio da sociedade capitalista brasileira, têm como norte a superação da opressão patriarcal e da exploração, que recaem com mais força sobre as mulheres, subjugadas por uma ideologia que trava a efetiva emancipação do gênero humano.
Avançamos, sim ao eleger a primeira presidenta de nosso país, uma mulher cravada na luta, mas continuamos a denunciar nossa sub-representação, estamos em condições muito aquém do que já se andou em países como Equador, Costa Rica e Bolívia. Isso, num país que se alçou ao patamar de sexta economia do mundo.
Somos 51% da população brasileira e apenas 10% do Congresso Nacional. As grandes manifestações de junho do ano passado denunciaram também esta forma de política que discrimina a maioria do eleitorado. Este ano completamos 50 anos do Golpe Militar no Brasil, onde as mulheres saíram às ruas e lutaram pela democracia. Mas esta democracia ainda esta inconclusa e em disputa. As mulheres passaram a votar há apenas 82 anos.
Consolidar a democracia brasileira passa por ações que assegurem as mulheres mais condições de disputar os espaços de poder. Por isso, defendemos o fim do financiamento privado de campanha, lista fechada com alternância de gênero e paridade na composição dos espaços legislativos. Portanto, a luta pelas reformas democráticas é essencial para combater o machismo, emancipar as mulheres e aprofundar a democracia.
Denunciamos a violência enquanto elemento estrutural do sistema capitalista e patriarcal e como um instrumento para controlar as nossas vidas, os nossos corpos e as nossas sexualidades. Defendemos a Lei Maria da Penha, o respeito para com as mulheres e o financiamento para as políticas públicas, tais como centros de referência, casas abrigo, delegacias para as mulheres.
Nós, mulheres brasileiras lutamos para que nossos direitos sejam respeitados e os direitos dos nossos povos e territórios; queremos cidades justas e com possibilidade de viver. Queremos que o campo e a floresta sejam espaços também respeitados, pois é a partir deles que tiramos nossa possibilidade de vida.
Nós, feministas emancipacionistas, ainda estamos a lutar pela autonomia sobre os nossos corpos. Exigimos a legalização do aborto, lutamos para que a Constituição Federal seja respeitada; somos um Estado laico! Portanto, nos voltamos contra qualquer fundamentalismo que tenta impedir a livre autonomia das mulheres e cercear nossos direitos.
Em 2014 reafirmamos nosso compromisso para enfrentar as eleições em nosso país, sabendo que dois campos estarão em disputa. E que estaremos no lado das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Vamos com coragem enfrentar a sub-representação política e nos mobilizar para garantir que os direitos arduamente conquistados sejam ampliados.
Reafirmamos nossa luta em defesa de todas as nossas vitórias e por tudo que ainda temos que conquistar!
Viva as mulheres! Viva o 08 de março! Viva o povo brasileiro!
As mulheres do mundo inteiro se levantam para lutar e comemorar o 8 de Março, data em que o movimento feminista internacional marca a trajetória da participação ativa das mulheres para transformarem a sua vida e a sociedade.
Nós, militantes da União Brasileira de Mulheres (UBM), de todas as idades, raças, classes e orientação sexual, vimos denunciando o patriarcado como o sistema de opressão das mulheres e o capitalismo como o sistema de exploração de uma imensa maioria de mulheres e homens. Já em nosso Congresso de fundação, ocorrido em 1988, adotamos a frase “Por um mundo de igualdade, contra toda opressão”, demonstrando nossa compreensão que é preciso combater estes dois sistemas que se ligam e se reforçam mutuamente. E, desta forma, ao combater estes sistemas, denunciamos as muitas formas históricas do Imperialismo, o racismo, o sexismo, a misoginia, a xenofobia, a homofobia.
Neste 8 de março de 2014, continuaremos lutando por mais poder político para as mulheres. Sabemos que para aprofundar a democracia é preciso que as mulheres participem das mais diversas esferas de decisão: nas universidades, nos partidos políticos, nas gestões públicas, nas casas legislativas, no poder judiciário, nas entidades e movimentos sociais e sindicais. Gerações de mulheres, em todos os tempos, dão o melhor de suas vidas quando lutam contra todas as formas de escravidão e pela autodeterminação dos povos em todo o mundo; quando dizem não às guerras e defendem a paz para mulheres e homens em sua diversidade de jeitos, cores e crenças; quando atuam por uma América Latina altiva, unida, diversa e soberana; quando defendem um Brasil, radicalmente democrático, que, além de passar a limpo sua história e memória, se transforme numa grande potência econômica, energética, alimentar, científica e divida riquezas com a esmagadora maioria do povo trabalhador.
Continuaremos a batalhar com os demais movimentos feministas e sociais por igualdade de direitos e na remuneração do trabalho, no acesso aos postos de representação, nas oportunidades de ascensão e melhoria de qualidade de vida, na democratização da mídia, dentre outros. Estes embates, no seio da sociedade capitalista brasileira, têm como norte a superação da opressão patriarcal e da exploração, que recaem com mais força sobre as mulheres, subjugadas por uma ideologia que trava a efetiva emancipação do gênero humano.
Avançamos, sim ao eleger a primeira presidenta de nosso país, uma mulher cravada na luta, mas continuamos a denunciar nossa sub-representação, estamos em condições muito aquém do que já se andou em países como Equador, Costa Rica e Bolívia. Isso, num país que se alçou ao patamar de sexta economia do mundo.
Somos 51% da população brasileira e apenas 10% do Congresso Nacional. As grandes manifestações de junho do ano passado denunciaram também esta forma de política que discrimina a maioria do eleitorado. Este ano completamos 50 anos do Golpe Militar no Brasil, onde as mulheres saíram às ruas e lutaram pela democracia. Mas esta democracia ainda esta inconclusa e em disputa. As mulheres passaram a votar há apenas 82 anos.
Consolidar a democracia brasileira passa por ações que assegurem as mulheres mais condições de disputar os espaços de poder. Por isso, defendemos o fim do financiamento privado de campanha, lista fechada com alternância de gênero e paridade na composição dos espaços legislativos. Portanto, a luta pelas reformas democráticas é essencial para combater o machismo, emancipar as mulheres e aprofundar a democracia.
Denunciamos a violência enquanto elemento estrutural do sistema capitalista e patriarcal e como um instrumento para controlar as nossas vidas, os nossos corpos e as nossas sexualidades. Defendemos a Lei Maria da Penha, o respeito para com as mulheres e o financiamento para as políticas públicas, tais como centros de referência, casas abrigo, delegacias para as mulheres.
Nós, mulheres brasileiras lutamos para que nossos direitos sejam respeitados e os direitos dos nossos povos e territórios; queremos cidades justas e com possibilidade de viver. Queremos que o campo e a floresta sejam espaços também respeitados, pois é a partir deles que tiramos nossa possibilidade de vida.
Nós, feministas emancipacionistas, ainda estamos a lutar pela autonomia sobre os nossos corpos. Exigimos a legalização do aborto, lutamos para que a Constituição Federal seja respeitada; somos um Estado laico! Portanto, nos voltamos contra qualquer fundamentalismo que tenta impedir a livre autonomia das mulheres e cercear nossos direitos.
Em 2014 reafirmamos nosso compromisso para enfrentar as eleições em nosso país, sabendo que dois campos estarão em disputa. E que estaremos no lado das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Vamos com coragem enfrentar a sub-representação política e nos mobilizar para garantir que os direitos arduamente conquistados sejam ampliados.
Reafirmamos nossa luta em defesa de todas as nossas vitórias e por tudo que ainda temos que conquistar!
Viva as mulheres! Viva o 08 de março! Viva o povo brasileiro!