Na fase inicial, 90% dos casos de câncer de mama têm cura
No Brasil, a expectativa é de que em 2014 surjam mais de 57 mil novos casos de câncer de mama, segundo as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), enquanto em 2011 houve 13.225 mortes, sendo 120 homens e 13.225 mulheres. A fim de alertar sobre a questão em fevereiro, foi instituído o Dia Nacional da Mamografia, por iniciativa do Colégio Brasileiro de Mamografia e Diagnóstico por Imagem (CBR), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Este é o principal exame para detectar o câncer de mama precocemente, o que aumenta as chances de cura.
Segundo informações do Colégio Brasileiro de Mamografia e Diagnóstico por Imagem, o câncer de mama é um mal cada vez mais curável, o que se deve muito ao rastreamento mamográfico. No caso do câncer de mama, a mamografia está diretamente ligada à redução da mortalidade. Com a popularização da mamografia, as mortes por câncer de mama foram reduzidas em 30%. A mamografia de alta definição, capaz de perceber tumores de meio milímetro, pode reduzir nessa fase número de vítimas fatais entre mulheres acima dos 40 anos e aumentar a chance de cura do câncer de mama em até 95%. Em 2014, mais de 57 mil brasileiras devem ser diagnosticadas com a doença. Portanto, sendo hereditário ou não, é importante procurar o médico caso seja diagnosticada qualquer alteração no organismo.
O mastologista Leandro De Vito chama a atenção para o papel do exame de toque, que as mulheres são orientadas a fazer sempre. Para o especialista, o exame conhecido como mamografia é o único que tem a capacidade de detectar um tumor precocemente, quando ele ainda nem pode ser palpável. “O ideal é descobrir nesta fase. Se ele está palpável e ainda está pequeno, é passível de tratamento, mas se o encontrarmos ainda mais no início, através da mamografia e algumas vezes pelo exame de ultrassom, é muito melhor, pois a chance de cura aumenta consideravelmente”, esclarece.
Por outro lado, o médico vê o autoexame como uma forma de a mulher se conscientizar da importância da prevenção, embora ela não deva descartar o exame mamográfico ou o rastreamento anual com o profissional especializado, indicado para todas as mulheres a partir dos 40 anos. “O exame de sangue não é 100% confiável. Os estudos nesta área ainda estão caminhando, já que esse exame só detecta as células liberadas quando o câncer chegou à fase de metástase, ou seja, quando ele começa a se espalhar”, revela. Para De Vito, as melhores medidas de prevenção contra o câncer de mama ainda são o conhecimento sobre a doença e o acesso à mamografia.