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Segunda, 25 de Novembro de 2024

Texas executa 14ª mulher nos EUA desde 1976

06/02/2014

O Estado do Texas executou nesta quarta-feira Suzanne Basso, condenada por assassinato em 1998 e a 14ª mulher a ter a pena de morte aplicada nos Estados Unidos desde a reinstalação desta prática em 1976. Suzanne, de 59 anos, foi declarada morta às 18h26 locais (22h26 de Brasília) após ser executada com injeção letal em Huntsville (Texas), confirmou uma porta-voz do Departamento de Justiça Penal do estado.

As mulheres representam apenas 2,1% dos presos nos corredores da morte no país e 1% do total de execuções, segundo dados do observatório Death Penalty Information Center. “As mulheres que cometeram um crime não costumam ter os agravantes de um assassino em série ou de qualquer condenado à pena de morte”, explicou hoje à Efe o diretor-executivo do observatório, Richard Dieter.

A pena de morte – lembrou este advogado- se aplica aos “piores dos piores crimes e isso implica que o condenado tenha cometido um assassinato com agravantes como estupro, sequestro ou tortura”. “A mulher costuma cometer crimes contra alguém que conhece: um membro de sua família, uma criança ou um conhecido”, acrescentou.

No caso da mulher executada hoje existiam agravantes: em 1998 torturou e matou Louis “Buddy” Musso, de 59 anos, um homem de Nova Jersey com incapacidade mental que se mudou para o Texas após ser persuadido pela própria Suzanne, que lhe prometeu casamento.

O corpo de Musso foi encontrado nos arredores de Houston (Texas) com sinais de maus-tratos, como queimaduras de água sanitária na pele e ferimentos feitos com um arame. Suzanne, que não agiu só, também se aproveitou das apólices de seguro e dos benefícios da Previdência Social do assassinado.

Com a execução de Suzanne, 14 mulheres morreram pela aplicação da pena capital, em um total de 1.366 execuções, desde que em 1976 uma sentença da Suprema Corte restabeleceu a pena de morte no país. O número reduzido de mulheres condenadas à morte as transformam em casos excepcionais em muitos estados e muitas delas são as únicas que esperam pela pena capital em sua região.