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Domingo, 24 de Novembro de 2024

Em reunião em Moscou, Figueiredo vai debater situação de ativista detida

19/11/2013

A prisão da brasileira Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace, por autoridades da Rússia será um dos assuntos abordados pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, em reunião com o chanceler russo, Sergey Lavrov, prevista para quarta-feira (19).

De acordo com o Itamaraty, um encontro entre os dois deve acontecer por volta das 10h, hora local (madrugada no Brasil), em Moscou.

Ainda segundo o MRE, o chanceler brasileiro e o russo vão abordar no encontro a agenda bilateral e multilateral – sem especificar os assuntos.

Figueiredo já saiu do Brasil e deve chegar à Rússia ainda nesta terça. Depois da visita oficial a Moscou, o ministro brasileiro segue para Varsóvia, onde participa da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 19.

Liberdade provisória
Ana Paula Maciel, detida há dois meses na Rússia após protestar com outros 29 integrantes do Greenpeace em uma plataforma de petróleo no Ártico, deve ganhar esta semana liberdade provisória após pagamento de fiança, anunciou a organização ambientalista. A ONG afirmou ainda que a brasileira deve deixar o local onde está detida ainda esta semana.

Ana Paula e o neozelandês David Haussmann foram os primeiros estrangeiros a obter liberdade sob fiança nas audiências para determinar se 30 pessoas presas no protesto na plataforma em setembro deveriam permanecer em custódia depois de 24 de novembro. Ativistas de Argentina, Canadá, Itália e Polônia também obtiveram o benefício.

Segundo a organização ambiental, a Justiça russa ainda não divulgou quais serão as restrições para os ativistas em liberdade provisória. "Não temos informações a respeito das condições às quais ela será liberada porque ainda não obtivemos o parecer completo do juiz. Não sabemos se ela terá prisão domiciliar sem acesso ao mundo exterior, se ela será deportada ou se mesmo se deverá permanecer em território russo até a conclusão das investigações", informou a ONG.

"O pedido de fiança ter sido aceito para alguns de nossos amigos foi uma ótima notícia. Mas só vamos celebrar quando todos estiverem livres para voltar para casa e quando suas acusações forem retiradas", afirma no texto Mads Christensen, do Greenpeace Internacional.

O grupo do qual a brasileira faz parte foi primeiro detido em Murmansk e, na semana passada, transferido para São Petersburgo, onde ocorrerão as audiências até o fim desta semana. Os tribunais russos ainda vão decidir se mantêm ou libertam sob fiança os outros 26 tripulantes do navio "Arctic Sunrise". A prisão provisória do grupo termina, em princípio, no dia 24 de novembro.