Anac determina redução no número de voos no aeroporto de Cascavel
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou uma redução do número de voos da Companhia aérea Azul, única que opera no Aeroporto Adalberto Mendes da Silva em Cascavel, no oeste do Paraná. Isso porque a cidade não tem bombeiros preparados para o combate e prevenção de incêndios no local. A decisão vale a partir de domingo (12).
A categoria do aeroporto foi rebaixada de cinco para três. Com isso, o número de pousos e decolagens não pode passar de 700 por trimestre. A movimentação da Azul é de 800. Com a decisão, o aeroporto também não pode operar aeronaves de maior porte.
Recentemente o aeroporto passou por reformas, para poder receber mais voos e aviões maiores. As obras começaram no dia 3 de janeiro e terminaram no dia 31 do mesmo mês. Além das obras na pista, que passou a ter 1.780 metros de comprimento e 45 metros de largura, o terminal de passageiros também passou por mudanças, como a troca do piso da sala de embarque, ampliação do saguão, ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves da aviação geral, instalação de porta giratória na sala de desembarque e criança de um espaço para a Polícia Federal.
De acordo com o presidente da Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans), Paulo Gorski, desde janeiro a administração tenta negociar com a Infraero um curso para os bombeiros. Segundo ele, o motivo pelo qual eles não têm esse treinamento é o valor cobrado pela Infraero. “A proposta deles era de R$ 8 mil por aluno e nós entramos com uma contraposta de R$ 5 mil”, contou.
Nesse intervalo de negociação, segundo Gorski, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) prometeu bancar os custos. “A partir do momento que ela nos propôs, por escrito, formalmente, a condição de estar ministrando e bancando esse custo, nós colocamos o pé no freio na eminência de estar esperando, na expectativa que esse curso acontecesse no mais breve tempo possível, mas não aconteceu. E, agora, temos esse fato da Anac estar rebaixando o nosso nível de sessão contra incêndio, aonde estamos chegando ao nível três”, explicou.
Agora, a Cettrans planeja pagar do próprio bolso o valor do treinamento para que o aeroporto da cidade volte a operar na capacidade máxima. O local tem condições para receber 1.200 voos por trimestre.