Ministro defende mais capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, voltou a defender nesta terça-feira (9) o aumento da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras.
Franco disse que hoje em dia existem instrumentos para garantir uma boa gestão das companhias, mesmo com a eventual elevação de recursos externos. Atualmente, o porcentual máximo dessa participação é de 20%.
— Nós temos que cuidar dessas questões, têm que ser adequadas aos tempos que a gente vive.
O ministro esteve em uma audiência pública na Subcomissão Temporária de Aviação Civil do Senado, que entregou a ele as conclusões de um ano de trabalho.
Moreira Franco comentou que o Ministério pediu ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estudos sobre a situação financeira das companhias aéreas brasileiras.
Ele disse que é preciso sair do "achismo" e de "opiniões jogadas ao vento" em relação às dificuldades apresentadas pelas empresas.
— [Vamos] fazer um esforço conjunto no sentido de garantir que nós tenhamos companhias robustas, porque sem companhias robustas não teremos serviços adequados.
Moreira Franco disse ainda que o maior desafio do setor é promover uma "mudança cultural" no tratamento do usuário do sistema, garantindo aos clientes "segurança, qualidade de serviço e preço". Ele destacou que milhões de pessoas ascenderam ao consumo e têm viajado de avião.
O ministro afirmou que é preciso melhorar a qualidade dos grandes aeroportos e também da aviação regional, para a qual a presidente Dilma lançou um pacote de construção de 270 aeroportos para garantir o transporte em todo o País de pessoas localizadas a pelo menos 100 quilômetros de uma cidade com aeroporto.
O ministro lembrou que nesta quarta-feira (10) ocorrerá uma reunião de um comitê criado pelo governo federal a fim de estender a jornada de 24 horas para aeroportos que cuidam de transportes de carga por via aérea.
O encontro deve contar com a presença de representantes da Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa.