Passagens aéreas caíram 14,4% este ano
Depois de uma alta de mais de 12% em dezembro, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o preço das passagens aéreas vem caindo.
Em março, o recuo foi de 5,75%. O acumulado no primeiro trimestre já é de -14,4%. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirma que a variação se deve ao efeito sazonal: em dezembro, as tarifas foram impulsionadas pelo Natal e Reveillon e pelas férias escolares.
“Nós também tivemos uma recomposição das tarifas, que vinham caindo desde 2003”, afirma Adalberto Febeliano, consultor técnico da Abear. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o preço médio da passagem caiu mais de 50% entre 2003 e 2012.
Paulo Picchetti, professor da FGV, explica que outro fator para a queda das tarifas a partir de janeiro foi a desaceleração da atividade econômica. “As passagens ficaram muito caras entre 2011 e 2012, o setor não conseguiu sustentar”, diz.
A boa notícia para o consumidor é que, nas próximas semanas, viajar de avião pode sair barato. Abril e maio são os “piores” meses para as companhias, e, por isso, há promoções.
A Gol, por exemplo, está dando 20% na ida ou na volta para um grupo de cidades este mês. Já a Tam fez, no fim de semana, uma promoção relâmpago, com descontos de até 90%. “Por enquanto, as tarifas devem ficar estáveis.
Uma nova alta deve ocorrer nem junho”, prevê Priscila Godoy, economista da Consultoria Rosenberg.
Fique atento às cobranças extras
Em época de promoções, o consumidor deve redobrar a atenção. Para não perder receita, as companhias acabam cobrando por serviços que, no passado, eram gratuitos.
Um exemplo é a tarifa para a escolha de assentos especiais. Localizados na primeira fileira do avião ou nas saídas de emergência, eles são mais confortáveis. Tam, Gol e Azul cobram pela reserva do espaço.
A prática, segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), contraria a lei. Não há justa causa para a cobrança, uma vez que, antigamente, esses assentos não tinham tarifa especial.
Outro exemplo é a cobrança pelo serviço de bordo. Em voos com mais de uma hora e 15 minutos, a Gol já cobra pelas bebidas e alimentos. Em junho, a prática será estendida a todos os voos.