Operadores criticam falta de voo direto
O voo entre São Paulo e Auckland não é simples e atrapalha a promoção do destino entre os turistas brasileiros.
Pelo menos é essa a opinião de operadores de luxo que se reuniram, na capital paulista, no mês passado, com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, e o diretor da Tourism New Zealand, Gregg Anderson.
O objetivo do encontro era estabelecer estratégias de divulgação do destino no mercado brasileiro, e a rota de viagem entre os dois países foi o assunto mais discutido.
Hoje, a melhor maneira para chegar à Nova Zelândia é fazendo uma conexão em Santiago. "O voo até Santiago dura quatro horas, e de lá a Auckland são 13 horas", explica Custódio Alves, gerente do setor aéreo da operadora Kangaroo. Há ainda o tempo de espera entre os voos.
A reportagem pesquisou opções de voos no site da LAN, que opera o trecho em "codeshare"
(compartilhamento de voos) com a Qantas, e encontrou viagens (as mais curtas) com durações previstas de 19 horas e 30 minutos (ida) e 19 horas e dez minutos (retorno).
Para Olga Arima, diretora da Designer Tours, um voo direto aumentaria o número de brasileiros na Nova Zelândia.
"Os voos estão sempre lotados e é muito difícil vender o destino. É logico que o passageiro prefere um lugar que tenha voo direto, como Istambul e Dubai, por exemplo", afirma Olga.
Ela diz ainda que, "para o operador, comercialmente e operacionalmente, não é estimulante [trabalhar o destino Nova Zelândia]".
"Os voos são mais baratos desde que você esteja preparado pra uma viagem bem longa. Turista, que quer passar uma semana [no destino], não quer conexão", diz Thiago Ayroza, gerente de restaurante, que mora há três anos na Nova Zelândia e já fez a rota cinco vezes.