Governo descarta elevar frequência de voos em Congonhas
27/02/2013
O governo descarta aumentar o número de pousos e decolagens por hora no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e vai priorizar novos entrantes ou empresas com baixa participação no aeroporto ao redistribuir os slots que forem retomados por problemas de qualidade do serviço, informou à Reuters uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto.
As novas regras para a distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) nos principais aeroportos do país devem ser apresentadas até maio pela Secretaria de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A decisão de não elevar o número de voos por hora em Congonhas, o mais movimentado do país, vai contra o interesse dos quatro maiores grupos aéreos do país, reunidos pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que manifestaram apoio à revisão dos slots em Congonhas, mas desde que haja um aumento nas frequências, hoje em 34 movimentos por hora.
O número de movimentos foi reduzido de 54 para 34 depois do acidente com um avião da TAM no aeroporto, em 2007. O governo, porém, descarta o aumento para garantir a segurança do aeroporto.
"Não está na mesa. Aumentar o número de voos não é a proposta. A proposta é distribuir do jeito que está lá, dada a restrição que existe no aeroporto de Congonhas, que é de 30 movimentos para aviação regular e 4 para aviação geral", disse a fonte que preferiu não ser identificada.
Entre as propostas que estão em análise pelo governo, e que devem entrar em vigor depois de maio, está a retomada de slots de empresas que não estejam cumprindo metas de redução de cancelamentos e de atrasos, medidas a cada 6 meses.
Exigências diferentes serão estabelecidas para cada aeroporto. No caso de Congonhas, a ideia, segundo essa fonte, é aplicar uma meta de 80 por cento de regularidade, ou seja, de voos que não sejam cancelados, e de 90 por cento de pontualidade.