Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 27 de Novembro de 2024

Sistema elétrico do 787 será analisado

21/01/2013

 

A investigação sobre as falhas apresentadas pelos aviões Boeing 787 Dreamliner se intensificava nesta sexta-feira, com a chegada ao Japão de especialistas norte-americanos para avaliar o sistema elétrico da aeronave que realizou um pouso de emergência nesta quarta-feira, enquanto 50 aeronaves que compõem a frota permanecem em terra.
 
A Autoridade Federal de Aviação norte-americana (FAA) e seus homólogos do Japão e outras regiões afetadas, proibiram até nova ordem a exploração dos Boeing 787, por causa das dúvidas existentes sobre a segurança de suas baterias íon-lítio.
 
Na sexta-feira, "uma equipe da NSTB, a Junta norte-americana de Segurança do Transporte dirigido pela inspetora Lorenda Ward chegou ao aeroporto de Takamatsu [sul do Japão] para participar da investigação", explicou Mamoru Takahashi, um porta-voz da Comissão japonesa de Segurança Aérea.
 
"Os responsáveis norte-americanos e japoneses realizaram na manhã desta sexta-feira uma reunião para discutir os pontos sobre os quais as inspeções devem se concentrar", disse o porta-voz.
 
Os Estados Unidos realizam uma investigação profunda sobre o Dreamliner, um modelo de última geração, depois dos incidentes sofridos em aviões das companhias japonesas nestas duas últimas semanas.
 
A Japan Airlines (JAL) e All Nippon Airways (ANA) exploram sete e 17 Dreamliner respectivamente, ou seja, a metade dos 50 exemplares utilizados no mundo. Um Boeing 787 da ANA teve que aterrissar de emergência na quarta-feira em Takamatsu depois de detectar fumaça a bordo e um forte odor procedente de uma bateria íon-lítio situada no compartimento elétrico.
 
Na semana anterior, outro problema parecido, que se somou a um princípio de incêndio em um Dreamliner do JAL depois de sua aterrissagem em Boston. Essas semelhanças concentraram a atenção nas baterias, fabricadas pela empresa japonesa GS Yuasa, e o sistema no qual estão integradas, projetado pelo grupo francês Thales.
 
Os Boeing 787 não poderão decolar até que as investigações confirmem a ausência de perigo. Atualmente, estas investigações se concentram nos equipamentos elétricos. A bateria extraída do aparelho sofreu danos visíveis segundo as imagens mostradas na mídia japonesa: está chamuscada, deformada e perdeu uma grande quantidade do eletrólito líquido inflamável.
 
Os especialistas japoneses acreditam que o problema não está necessariamente relacionado à bateria e que esta pode se aquecer devido a uma carga muito forte ou outro tratamento anormal devido ao material que a rodeia.