Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 27 de Novembro de 2024

Aeroportos privatizados mostram as primeiras mudanças proporcionadas pela iniciativa privada

07/01/2013

 

Wi-Fi grátis, banheiros reformados, mais vagas de estacionamento e segurança. Quem passa pelos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília já pode sentir as primeiras mudanças proporcionadas pela iniciativa privada.
 
Longe das amarras da lei 8.666 (lei das licitações), do Tribunal de Contas da União e da burocracia da estatal Infraero, os consórcios estão conseguindo melhorar os serviços mais básicos e também a qualidade das receitas.
 
A iniciativa privada assumiu a administração de Guarulhos e Viracopos em meados de novembro, e a de Brasília, em 1º de dezembro.
 
No mês passado, a Folha visitou os três aeroportos.
A primeira reclamação dos passageiros nos aeroportos, identificada em pesquisas, era sobre os os banheiros.
 
Em Brasília, o mau cheiro constante foi solucionado com a troca das latas de lixo. Elas eram enormes e demoravam muito tempo para serem esvaziadas.
"Trocamos por latas menores, que são esvaziadas com maior frequência", diz Antônio Droghetti, vice-presidente do consórcio Inframerica, de Brasília. O cheiro sumiu.
 
Nem todos os banheiros foram reformados. Obras ainda estão em andamento.
Em Viracopos. o mesmo estacionamento que rendia R$ 1 milhão por mês à Infraero dá hoje R$ 1,8 milhão ao consórcio Aeroportos Brasil.
 
Não houve aumento de preço. Apenas troca de operador e redesenho das vagas, o que ampliou a capacidade.
 
O mesmo aconteceu em Guarulhos, com aumento de receita de 30%.
 
"Os consórcios contrataram técnicos. Não tem mais essa de apadrinhados de partidos políticos", diz Claudio Jorge Pinto Alves, professor titular do departamento de transporte aéreo do ITA.
 
Grandes melhorias operacionais, como balcões de check-in compartilhado, novas esteiras rolantes, reformas nos sistemas de pista e pátio, porém, ainda vão levar alguns meses.
 
"É cedo para esperar grandes resultados nessa área. Mas com certeza as coisas vão melhorar", diz Elton Fernandes, professor da UFRJ.