Aeroviários de São Paulo, força total no dia nacional de lutas
Cumprindo a sua histórica tradição de participar de todas as lutas da classe trabalhadora brasileira, o SAESP esteve presente no dia nacional de lutas, convocado pela FORÇA SINDICAL e demais centrais, conclamando toda a categoria aeroviária ao engajamento nas reivindicações gerais, envolvendo: fim do fator previdenciário; jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial; reajuste digno para os aposentados; mais investimentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do projeto de lei 4330 –que amplia a terceirização; reforma agrária e fim dos leilões do petróleo.
Além das bandeiras gerais de lutas, o SAESP abordou temas específicos da categoria aeroviária, destacando-se o protesto contra as demissões em massa da TAM; a exigência dos pagamentos dos adicionais de insalubridade e de periculosidade; o combate ao assédio moral; a exigência do pagamento de PPR; o registro do apoio e solidariedade aos aposentados e pensionistas do AEROS E AERUS e a reestruturação do setor de transportes aéreos no Brasil.
É sempre bom lembrar que em 2014 será realizada a Copa do Mundo, estando previsto um enorme fluxo de turistas para o Brasil, que intensificará, ainda mais, a procura pelas viagens aéreas. O governo federal destinou verbas vultosas para a reforma de vários aeroportos e as empresas aéreas cada vez mais exigem o esforço profissional dos trabalhadores da aviação. A movimentação do lado patronal tem sido intensa, principalmente em relação a investimentos, tais como aquisição de empresas, encomenda de novas aeronaves, desenvolvimento tecnológico, etc.
O problema é que quando o assunto é remunerar condignamente os trabalhadores, as empresas recorrem à conversa mole de que estão em crise. É preciso mudar o disco, pois passou da hora dos aeroviários serem reconhecidos pela forma altamente profissional com que desempenham a suas atividades, sendo merecedores de melhores salários e condições dignas de trabalho!
Este cenário motivou uma ampla mobilização da categoria, que respondeu à convocação do sindicato e da FORÇA SINDICAL, resultando em manifestações e paralisações ocorridas no Aeroporto de Congonhas e no Aeroporto de Viracopos.
Em ambos os casos, sempre contando com amplo apoio da FORÇA SINDICAL, os aeroviários de São Paulo deram uma pré-largada na campanha salarial que se avizinha, deixando claro que não cairá nos famosos “contos do vigário”, aos quais as empresas aéreas teimam em recorrer.
“O SAESP deixou claro para os trabalhadores que a COPA DO MUNDO COMEÇARÁ PELOS AEROPORTOS e que o sucesso do evento dependerá dos seus esforços laborais, cada vez mais exigidos pelas empresas”, afirma Mandú, presidente do SAESP.
Os trabalhadores da aviação conhecem muito bem como as empresas do setor atuam para atingir os seus objetivos: alegam falsas crises, ameaçam com demissões, criam formas alternativas para efetivá-las, como os casos de licenças não remuneradas, planos de demissões voluntárias e, finalmente, sem obedecer aos critérios estabelecidos em convenção coletiva de trabalho, executam aqueles que um dia foram chamados de “colaboradores”.
Tais situações são provocadas sempre às vésperas das campanhas salariais, visando colocar os trabalhadores numa posição defensiva diante das intimidações.
O SAESP sabe que time que entra em campo para se defender, acaba perdendo o jogo. Neste cenário é que o SAESP, membro ativo da FORÇA SINDICAL, traça um esquema tático para a categoria aeroviária ir para o ataque sem medo de ser feliz, convicto de que este é o grande momento para exigir melhores salários e condições de trabalho, pois os grandes investimentos em infraestrutura aeroportuária e nos transportes aéreos terão de contemplar o fator humano e o seu lado profissional.
“A COPA DO MUNDO COMEÇARÁ PELOS AEROPORTOS”