AVIAÇÃO: PATRÕES QUEREM MASSACRAR OS TRABALHADORES
Está cada dia mais provado que os patrões da aviação brasileira não têm o menor respeito com seus trabalhadores. A história está aí para demonstrar que eles sempre agiram com absoluto descaso em relação aos empregados. Foi assim no caso da Transbrasil, da Vasp, da Varig, da Sata e agora, mais o caso da Webjet.
A sacanagem é tão grande, a ponto de uma empresa adquirir a outra, para logo em seguida exterminá-la, sem dó nem piedade. Neste processo, os empregados são tratados como coisas e não como seres humanos. Mas a sacanagem vai além, pois exatamente no momento da negociação do reajuste salarial, os patrões geram desemprego e fazem terrorismo desenfreado. Querem transparecer que fazem um grande favor dando empregos, pagando salários aviltantes.
PELA REVERSÃO DAS DEMISSÕES DOS EMPREGADOS DA WEBJET E A VALORIZAÇÃO DE TODOS OS TRABALHADORES DA AVIAÇÃO!
Na contramão da relação empregatícia saudável estão os patrões da aviação. Agora, às vésperas da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, eles exteriorizam o quanto são atrasados na condução de suas políticas de recursos humanos. Cumpridas três rodadas de negociação, tanto os patrões do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) como do SNETA (Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo), debocham de seus empregados, apresentando contrapropostas de reajuste salarial muito aquém da inflação do período. Provocam as entidades sindicais, buscando jogá-las contra os trabalhadores, esquecendo-se de que estes são altamente qualificados e capazes de reconhecer quem está com a razão. No cotidiano do esforço do trabalho, os empregados sabem muito bem que são submetidos a inúmeras pressões e que, mesmo trabalhando de forma árdua, no final do mês recebem salários baixos, que não permitem sequer o pagamento das contas da subsistência.
“O momento da aviação comercial brasileira é muito sério e gravíssimo nas relações trabalhistas. É preciso que os trabalhadores resgatem urgentemente a sua dignidade, exigindo o respeito e valorização que os patrões teimam em negar. Silenciar neste momento significará a conivência com o descaso das empresas¨, afirma Mandú, presidente do Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo –SAESP–, filiado a Força Sindical.
Os patrões negam direitos aos trabalhadores quando suas empresas crescem e exploram a mão-de-obra, transformando economias com salários em fonte de financiamento para a sua expansão. Depois, alegam que estão em crise e tornam a usar os empregados como escudos, para a obtenção de benesses governamentais, seguindo esta linha de raciocínio: “se o governo não der o que queremos, iremos demitir os trabalhadores”.
É HORA DE DAR UM BASTA AO DESCASO PATRONAL