Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 27 de Novembro de 2024

Gol continuará reduzindo oferta em 2013

07/12/2012

 

A Gol dará continuidade à sua estratégia de redução da oferta em 2013. Somente no primeiro semestre a queda ficará entre 5 e 8%, conforme revelou o presidente da companhia Paulo Kakinoff. Este processo teve início em abril e desde então a capacidade média da empresa tem caído a uma média mensal entre 8 e 10% em relação a 2011. O objetivo, segundo o executivo, é voltar a operar no sem os prejuízos registrados nos últimos dois anos, com aumento da ocupação e recuperação do yeald (tarifa média nominal).
 
“Reduzimos voos apenas nas rotas que eram menos lucrativas. Não deixamos de operar em nenhum destino”, disse. “Esta medida vai fazer com que, no curto prazo, seja possível ter um Prask (receita por assento) com potencial de crescimento de dois dígitos”, apostou o executivo, lembrando que em outubro foi registrada uma alta de 4% neste quesito.
 
Desde abril, já contando os voos da Webjet, houve uma redução de 1,1 mil operações diárias para cerca de 900. Para Kakinoff, este movimento é necessário devido ao complexo cenário da aviação no Brasil, com a alta das taxas, combustível e o aumento da demanda por uma parcela da população que é muito sensível aos preços. “Desde 2003 o nosso yeald teve queda de 60% e a demanda aumentou em 15%, o que gerou uma política tarifaria agressiva. Nunca foi tão barato andar de avião no Brasil”, ressaltou.
 
O preço dos combustíveis e a alta do dólar também são fatores que levaram a Gol a adotar esta estratégia. De acordo com o executivo, de 2009 até o momento houve um aumento de 58% do querosene de aviação no Brasil. As tarifas também tiveram alta de 60% neste período.
 
Outra estratégia anunciada por Kakinoff é a diversificação das receitas, incluindo os já anunciados voos para Miami e Orlando via Santo Domingo e o crescimento das receitas adicionais, como a venda de refeições a bordo, que até junho de 2013 alcançará 100% dos voos da companhia. “Termos um ano de recuperação”, garantiu.