Azul fica com Trip se acordo com TAM acabar em 2 anos
23/11/2012
Ontem foi dado mais um passo no processo de análise da fusão entre as companhias aéreas Azul e Trip. A Superintendência- Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou o aval ao negócio, mas com restrições.
Em uma análise de 66 páginas, a superintendência entendeu que a operação deve receber o sinal verde do Cade desde que o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) entre a TA M e a Tr i p acabe em até dois anos.
Essa associação era um complemento para as empresas, já que a TAM “atua principalmente em rotas entre cidades maiores e a Trip opera em rotas regionais”, destacou, em nota, o Cade. Mas, se o acordo fechado em 2004, for mantido, poderá “desestimular a concorrência no setor aéreo”.
Apesar da restrição sugerida, a superintendência frisou que a fusão entre Azul e Trip gera baixa concentração de rotas operadas em comuns pelas duas e cria uma empresa mais competitiva.
O negócio, anunciado em maio, foi encaminhado ao Cade em 18 de junho e está sob as regras da antiga lei de defesa da concorrência, em que a operação pode ocorrer mesmo antes do sinal verde do órgão antitruste. Agora, com o parecer da superintendência, o caso segue para o plenário do Cade.
A fatia de mercado alcançada pela Azul e Trip juntas é de 14%, bastante inferior às de Gol e TAM, cuja participação supera 40% cada uma, lembrou o Cade.
Com a fusão societária, os acionistas da Azul terão 67% de participação na holding, enquanto os da Trip ficarão com os 33% restantes. A Azul não se pronunciou ontem.