Pilotos de aeronave que derrapou no aeroporto de Congonhas estavam regulares, diz Anac
21/11/2012
Os pilotos do avião de pequeno porte que derrapou da pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na tarde deste domingo (11), estavam com a habilitação em dia, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Enquanto o piloto Michael Rumpf, 66, possui licença de PLA (Piloto de Linha Aérea) desde 1996, o copiloto Rafael Martinetto Ferreira, 21, têm a autorização de PC (Piloto Comercial) desde 2010. A aeronave PR-MRG, modelo Cessna, operada pela Tropic Air Táxi Aéreo Ltda, também estava em situação regular.
O jato saiu de Florianópolis, em Santa Catarina, com dois tripulantes e um passageiro, e pousou em São Paulo às 17h20. O copiloto e a passageira Elaine Damaceno Rodrigues Gaail, 37, que estavam a bordo da aeronave, tiveram ferimentos leves.
O piloto, no entanto, teve traumatismo craniano e está internado no hospital Santa Paula, na zona sul de São Paulo. Segundo o último comunicado do hospital, divulgado na tarde desta segunda-feira (12), não foi necessária intervenção neurocirúrgica, mas Rumpf segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e apresenta boa evolução clínica.
"Ele está consciente, respirando espontaneamente, sem deficit e permanecerá internado na UTI neurológica para observação por mais 24 horas", informou o relatório emitido por Otávio Gebara, diretor clínico do hospital.
A aeronave, que tentava pousar quando escorregou na pista e só parou quando atingiu o alambrado, a poucos quilômetros da avenida dos Bandeirantes, continua no mesmo local e sem previsão de retirada. A Infraero, segundo a assessoria de imprensa, aguarda a decisão da empresa responsável pelo avião. No momento, a aeronave não atrapalha o funcionamento do aeroporto.
Investigação do acidente
As causas do acidente são investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que esteve no local no domingo (11) para a coletagem das provas, bem como para ouvir a versão de testemunhas. Segundo a assessoria de imprensa do centro, não há prazo para a conclusão da investigação, que não terá caráter punitivo.
A Polícia Federal, que também esteve no local, instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias em que se deu o acidente, conforme artigo 261, parágrafo 3º (sinistro culposo em transporte aéreo) e 129 (lesão corporal) do Código Penal.