Cetesb faz 61 exigências a Viracopos
18/09/2012
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fez uma série de exigências para que a concessionária Aeroportos Brasil faça, até a Copa de 2014, a primeira fase da ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, elevando a capacidade do terminal de 5 para 14 milhões de passageiros por ano. Na lista de 61 exigências de contrapartida para a licença de instalação, estão a criação de uma nova unidade de conservação ambiental no município, a avaliação de emissões dos gases de efeito estufa, o monitoramento da fauna silvestre, o controle de emissão sonora, um sistema de drenagem, tratamento de esgoto e reúso, além de acordos com instituições para contratação de mão de obra local.
A licença foi concedida no dia 30 e as obras já começaram, mas, se não forem cumpridas as exigências, a liberação para a operação das novas estruturas do aeroporto fica em risco. Na primeira etapa da obra, estão previstos um novo terminal com 110 mil metros quadrados, um edifício-garagem com três pisos e capacidade para 4,5 mil veículos (o atual suporta 2,1 mil), áreas de taxiamento e 35 posições para estacionamento de aeronaves, sendo 28 com pontes de embarque (inexistentes hoje em Viracopos).
Impactos
Como essa fase da obra será executada dentro da área já ocupada pelo aeroporto, a Cetesb informou que "não acarretará supressão de fragmentos florestais ou desapropriações e realocação de população", mas que os impactos ambientais e urbanos, no entanto, terão de ser avaliados semestralmente.
Além das exigências citadas, a nova operadora do aeroporto terá de fazer uma série de intervenções. Entre elas, programas de comunicação social, de ação integrada com as prefeituras, monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, atuação na desmobilização da mão de obra e ações de segurança no trânsito.
A construção do novo terminal faz parte da primeira etapa das obras durante o período de 30 anos de concessão. Ao todo, cinco etapas devem transformar Viracopos em uma cidade aeroportuária, com centro de convenções, hotel e shopping. O movimento estimado será de 80 milhões de passageiros por ano. De acordo com a concessionária, a primeira etapa receberá investimento de R$ 1,4 bilhão. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.