Investimentos em Viracopos começam neste mês, diz Triunfo
10/08/2012
A Triunfo Participações e Investimentos informou hoje que o investimento privado no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), começará ainda neste mês. A informação consta no relatório que acompanha o resultado financeiro do segundo trimestre.
No período, a companhia registrou prejuízo de R$ 10,3 milhões. Entre abril e junho do ano passado, a companhia havia reportado prejuízo de R$ 333 mil.
A empresa integra a sociedade que administrará o aeroporto. A Triunfo venceu, com as sócias UTC Participações e Egis, o leilão feito pelo governo federal em 6 de fevereiro. A concessionária será responsável pelas operações de Viracopos a partir de novembro de 2012.
Segundo a companhia, o objetivo é entregar o segundo terminal de passageiros dentro de 22 meses. O investimento estimado para esta fase, diz a Triunfo, é de R$ 1,4 bilhão, sendo que R$ 400 milhões é oriundo da concessionária (que inclui Triunfo, UTC, Egis e Infraero) e R$ 1 bilhão financiado pelo BNDES.
O terminal, informou a empresa, terá capacidade para 14 milhões de passageiros, fingers (partes móveis das pontes de embarque nos aviões) para 28 aeronaves e estacionamento correspondente.
A Triunfo informa já ter integralizado sua parte do capital (23% do total) na SPE privada, utilizando os recursos de nota promissória - conforme anunciado no dia 27 de março.
A companhia também divulgou, no balanço, as informações financeiras do aeroporto para referência ao mercado. A receita líquida de Viracopos foi de aproximadamente R$ 285 milhões em 2011, com 17% de crescimento comparado a 2010, e com margem Ebitda próximo a 40%.
Em 2011, 66% das receitas eram relacionadas à carga, 23% a passageiros e apenas 11% era receita comercial e outras receitas.
Na parte operacional, a companhia apresentou uma melhora. O faturamento aumentou 37,6% na mesma base de comparação, para R$ 246,1 milhões.
Já os resultados operacionais da Triunfo no segundo trimestre foram influenciados por maior venda de energia (24,9% maior em relação a um ano antes) e maior arrecadação de pedágio (10% superior). A receita gerada por construção de ativos (item contábil que faz com que as obras realizadas nas rodovias sejam incorporadas na receita) aumentou 526%, para R$ 34,2 milhões.
As receitas com cabotagem subiram para R$ 18,6 milhões. O Ebit (lucro operacional antes do resultado financeiro) foi 40,6% maior, para R$ 33,4 milhões. A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou para 3,73, frente 2,66 no mesmo trimestre do ano passado.
