Lucro da Embraer cai 10,4% no terceiro trimestre do ano
01/11/2013
Os lucros da brasileira Embraer caíram 10,4%, no terceiro trimestre do ano, para os 118,7 milhões de reais, com o EBIT a decrescer 15,48%, no mesmo período. Estes resultados foram arrastados “por um menor nível de entregas e à mudança do mix de produtos entregues”, esclareceu a fabricante de aeronaves em comunicado.
O resultado operacional (Ebit) da Embraer, accionista da portuguesa Ogma e com uma fábrica em Évora, foi de 173,1 milhões reais (57,5 milhões de euros), no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 15,48%.
A margem operacional da fabricante de aeronaves no terceiro trimestre foi de 5,9%, patamar abaixo da apresentada no mesmo período de 2012, que foi de 7,2%.
A receita líquida do terceiro trimestre de 2013, foi de 2,9 mil milhões de reais, 3,46% maior que no homólogo.
A moeda norte-americana registou uma valorização de 12% no período, o que teve impacto nos resultados. Esta variação “mais do que compensou o menor número de entregas no segmento comercial e a mudança no mix de produtos, com uma participação maior das aeronaves E170 e E175”.
A fabricante brasileira explicou que “complementando a sua estratégia de mitigação dos riscos cambiais e aproveitando a recente desvalorização do real, a companhia aderiu a alguns 'hedges' financeiros, a fim de reduzir a exposição do seu fluxo de caixa de 2014”.
A Embraer entregou no terceiro trimestre deste ano 19 aeronaves comerciais e 25 executivas, sendo 21 jactos leves e 4 jactos grandes. No acumulado, de Janeiro a Setembro a fabricante entregou 58 aeronaves comerciais e 66 executivas, sendo 52 jactos leves e 14 jactos grandes.
Quanto ao futuro, a Embraer continua com o desenvolvimento do Legacy 500, com três protótipos em campanha de ensaios que já completaram mais de 650 horas de voo em diversos ensaios de certificação. A entrada em serviço está programada para o primeiro semestre de 2014.
E o desenvolvimento do jacto “mid-light” Legacy 450 também segue o cronograma planeado e o fabrico do primeiro protótipo começou em Setembro, deixando o programa em linha com a meta de realizar o seu primeiro voo.
A Embraer não faz qualquer menção, nos seus resultados, quer da operação em Portugal nem do desenvolvimento do projecto do avião militar, KC-390.