Anac: debate sobre preço das passagens da Copa foi antecipado
17/10/2013
O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, afirmou hoje (16) que o debate sobre preço das passagens aéreas durante o período da Copa do Mundo está "antecipado".
Segundo Guaranys, a oferta de bilhetes pelas companhias ainda é pequena porque a malha aérea do próximo ano só será aprovada em janeiro por órgãos do governo. Reportagem revelou na segunda-feira que as passagens para cidades da Copa estão até dez vezes mais caras.
"Eu acho que o debate foi antecipado. Poucos voos estão sendo comercializados hoje para junho e julho. Essa não é a malha aérea da Copa do Mundo. A malha aérea ainda vai ser apresentada pelas empresas aéreas e ainda vai ser aprovada por todos os órgãos e a empresa ainda não tem as informações para onde vão ser os voos para a Copa do Mundo", disse Guaranys em debate na Câmara.
Segundo o diretor, é esperado um aumento de preço dos bilhetes para o evento esportivo, mas sem abusos.
"Mais voos serão comercializados, mais voos serão ofertados, esperamos com preços mais baixos. Continuamos monitorando isso tudo. Esperamos a nova malha aprovada para a Copa a partir de janeiro e vamos conseguir monitorar quais são os preços que estão sendo praticados", disse.
"Imaginamos que como em todos os momentos de grandes eventos, de grande fluxo, [os preços] estejam mais altos, mas assim como temos vistos que os hotéis comercializados estão mais caros, mas ainda teremos grande oferta a partir de janeiro", completou.
A Folha de S.Paulo mostrou hoje que diante dos altos preços das passagens aéreas para a Copa de 2014, a Agência Nacional de Aviação Civil estuda liberar autorizações especiais para voos entre as cidades que receberão os jogos em junho e julho.
O jornal informa ainda que, segundo auxiliares do Planalto, a operação para baratear preços dos bilhetes deve permitir trechos sem escalas em rotas que hoje não existem, como de Curitiba para Manaus. Se for aprovada, a licença especial só será concedida às companhias que reduzirem suas tarifas.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, propôs criar um teto para o preço das passagens aéreas durante o período da Copa do Mundo.
Na sexta-feira, a Secretaria de Aviação Civil, pasta que tem abaixo de si a Anac, disse que a decisão sobre os preços cabe às companhias aéreas, uma vez que, desde 2001, vigora no país o regime de liberdade tarifária. Acrescentou, no entanto, que entende ser importante que as empresas pratiquem preços "regulares".