Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 30 de Novembro de 2024

Com falhas, aeroporto de Passo Fundo pode passar por nova vistoria

24/09/2013
O Aeroporto Lauro Kortz, em Passo Fundo, na Região Norte do Rio Grande do Sul, está fora dos padrões de segurança, conforme aponta a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O cercamento que deveria impedir o acesso à pista é avaliado como inadequado. Em razão dessas e outras questões, uma nova vistoria poderá ser realizada. A interdição e a suspensão dos voos não estão descartados, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo).
 
No ano passado, a Anac restrigiu as operações durante um período por irregularidades na seção contra incêndio, que poderiam comprometer as aeronaves.
 
Os passageiros reclamam da estrutura do aeroporto. As reclamações dos passageiros são "Tem muita coisa para melhorar. Ainda mais agora com outros voos de Campinas. O fluxo vai ser bem maior", disse o analista Bruno Longo. "Está pequeno. Agora que aumentaram os voos ficou precário o atendimento às pessoas", reclamou a advogada Ledi Liska.
 
Pelo menos 50 mil pessoas utilizam o terminal anualmente. Em 2013, o aeroporto passou a ter mais dois voos diários com destino a São Paulo. As duas principais companhias aéreas em operação na cidade não dispõem de esteira para bagagens. O acesso dos passageiros às aeronaves ocorre apenas em um portão. Mas os problemas vão além da estrutura de embarque e desembarque.
 
O cercamento da pista do aeroporto é precário. Arames enferrujados separam a área ao lado da BR-285 dos aviões que fazem o taxiamento. Para a Anac, este tipo de cerca é inadequada. Falta também vigilância e monitoramento.
 
Alguns arames estão cortados. Marcas indicam que pessoas já tiveram acesso à área da pista de forma irregular. A Anac afirma que o procedimento está fora dos padrões e qualquer invasão pode provocar acidentes durante pousos e decolagens. A denúncia deve levar o órgão a realizar uma nova vistoria. Por enquanto, representantes da Anac não quiseram gravar entrevista, mas o diretor aeroportuário do estado disse que a situação não preocupa.
 
"Ele funciona na área que é da Brigada Militar. Eu desafio qualquer um a entrar lá dentro para ver o que vai acontecer. Os fios estão enferrujados sim, mas nada que impeça os voos. Com recursos vamos colocar em padrões internacionais, mas neste momento aquela cerca atende às necessidades", disse Roberto de Carvalho Netto.