Aeroporto em Campinas (SP) quer fim de cemitério de avião para ampliar área
17/09/2013
A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, que administra o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (93 km a noroeste de São Paulo), negocia o fim do cemitério de aviões existente no terminal desde 2004. Atualmente cinco aviões estão no local.
A administradora do terminal aéreo não pode vendê-los ou descartá-los sem autorização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Receita Federal.
"Nos últimos dias, houve um avanço significativo nas negociações com as empresas responsáveis pelos aviões e, com certeza, em breve teremos novidades. A negociação com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por autorizar as remoções, também avançou", diz o diretor de operações da concessionária, Marcelo Mota.
O local tem dois DC-8 da Skymaster, um Boeing 737 da Vasp, um DC-8 da Montini Air e o cargueiro MD-11 da empresa Centurion Cargo, que derrapou na pista ao pousar e bloqueou Viracopos por 45 horas no ano passado após apresentar problemas.
O cargueiro já foi desmontado e deve ser retirado do local nas próximas semanas.
As quatro primeiras aeronaves, abandonadas no local entre 2004 e 2009, fazem parte da massa falida de companhias aéreas, e o destino delas está sendo discutido no CNJ.
Com a retirada dos aviões, a concessionária pretende ampliar a pista de taxiamento (manobra) para agilizar a movimentação de aeronaves e construir hangares.
"Precisamos resolver o problema para facilitar a expansão do aeroporto", declara Mota. Segundo ele, empresas de sucata e um parque temático já demonstraram interesse em adquirir os aviões.
Segundo o CNJ, há duas possibilidades: o desmanche ou a venda da aeronave inteira.
Em 2011, o CNJ criou o programa Espaço Livre cuja finalidade é remover dos aeroportos toda a sucata de aviões pertencente a empresas aéreas que faliram nos últimos anos e que ainda ocupam espaço nos terminais.
Entretanto, as negociações demoram a ocorrer e pouca coisa foi resolvida desde então.
Somente após autorização do CNJ e da Receita Federal as companhias ou seus representantes podem desmontar, negociar e dar destinação aos antigos aparelhos.
Mota também explicou que os aviões estão obsoletos e há uma grande defasagem tecnológica em relação aos atuais. Por isso ele avalia que as peças têm pouco valor comercial.