Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 25 de Novembro de 2024

Atrasos e cancelamentos de voos em setembro ultrapassam pré-pandemia

03/11/2022

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O mês de setembro registrou volume de cancelamentos e atrasos superiores a 4 horas maior que antes da pandemia. Os passageiros atingidos por esse tipo de problema somaram 149,9 mil no nono mês deste ano contra 140,1 mil no mesmo período de 2019, apontando alta de 7%. Levantamento da AirHelp mostra que um em cada 42 passageiros foram afetados por atrasos superiores a 4 horas e cancelamentos. O número é superior ao verificado no mesmo período de 2019, quando um em cada 56 passageiros passaram pela mesma situação. Este tipo de ocorrência, quando não provocado por questões meteorológicas ou de força maior, pode originar pedidos de indenização às companhias aéreas.

Os cancelamentos registrados em setembro aumentaram. No nono mês deste ano, 134,7 mil passageiros foram afetados por cancelamentos nos aeroportos do país, representando um em cada 47 passageiros. O índice é superior ao verificado no mesmo período de 2019, quando 124,9 mil foram atingidos por esse mesmo tipo de ocorrência, totalizando um em cada 66 passageiros.

A proporção de passageiros afetados por atrasos superiores a 4 horas também registrou elevação. Em setembro de 2022 os atingidos por esse tipo de ocorrência somaram 15.163 (um em cada 421). No mesmo mês de 2019 foram 15.136 (um em cada 552).

As companhias aéreas brasileiras transportaram 6,3 milhões de passageiros em setembro. O volume ainda é inferior ao verificado ao mesmo mês de 2019, quando 8,3 milhões de passageiros foram transportados nos aeroportos brasileiros.

Todos os dados da pesquisa são baseados em voos regulares em aeroportos brasileiros no nono mês de 2022 e de 2019, contidos no banco de dados global de voos da AirHelp. Além disso, após o resultado das eleições no último domingo, manifestações de apoiadores do atual governo se espalharam por 23 estados, inclusive no Distrito Federal.  Apesar da determinação do Superior Tribunal Federal (STF) para liberação das vias, os manifestantes permanecem bloqueando as rodovias, enquanto a PRF monitora o movimento. Em cidades como São Paulo, por exemplo, em função da obstrução das vias de acesso ao aeroporto internacional de Guarulhos, 25 voos já foram cancelados.

Essas paralisações podem afetar a cadeia de distribuição nacional, além de gerar transtorno à população e causar limitações no abastecimento de insumos, assim como o aumento de riscos logísticos e prejuízos aos transportes rodoviários.

Nesta quinta-feira, manifestantes seguem ocupando rodovias em ao menos sete estados. Embora policiais rodoviários federais já tenham conseguido liberar o trânsito em ao menos 876 localidades, ainda restavam, às 10 h de hoje, ao menos 73 pontos de interdição parcial ou bloqueio integral em trechos de vias federais que cortam o país.

Em Santa Catarina, manifestantes que não aceitam o resultado das eleições seguem impedindo ou limitando a circulação de veículos em pelo menos 27 trechos de rodovias federais. No estado, que até esta manhã registrava o maior número de ocorrências, havia 16 interdições (fluxo parcialmente impedido) e 13 bloqueios (fluxo totalmente impedido). Ainda há registros de ocorrências também no Amazonas (uma interdição); Mato Grosso (24 interdições); Mato Grosso do Sul (duas interdições); Pará (sete interdições); Paraná (dois bloqueios); Rondônia (10 interdições). Os números, contudo, têm sido atualizados frequentemente.

A primeira interdição foi registrada em Mato Grosso do Sul, por volta das 21h15 do domingo, cerca de uma hora e meia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar que Lula estava matematicamente eleito.

Apenas 4 horas depois, já havia ao menos 134 interdições, bloqueios e pontos de concentração espalhados pelo país. Segundo a diretoria da PRF, a velocidade com que manifestantes, principalmente caminhoneiros, agiram para fechar as rodovias, os pegou de surpresa. O movimento chegou ao ápice perto do fim da noite da segunda-feira (31), quando foram registradas 421 ocorrências. A partir daí, com a ação das forças de segurança, incluindo a Polícia Militar dos estados, o número começou a cair.