Prorrogação do uso de máscaras tem a ver com o aumento de casos da variante Delta no país

A Administração de Segurança do Transporte dos Estados Unidos (TSA) decidiu prorrogar o uso obrigatório de máscara em viagens aéreas e em outros transportes públicos até 18 de janeiro de 2022. De acordo com a Reuters, funcionários do TSA e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) já informaram os representantes das principais companhias aéreas sobre a decisão, que tem o objetivo de minimizar a propagação da Covid-19.

Até então, o uso obrigatório da máscara acabaria no próximo dia 13 de setembro, mas, com a variante Delta alimentando uma nova onda de novos casos em todos os EUA, o CDC e o TSA decidiram que é muito arriscado acabar com esta obrigação neste momento. A extensão abrangerá portanto os próximos grandes períodos de viagens, como o Dia de Ação de Graças e os feriados de inverno de fim de ano.

“A variante Delta se espalha com mais do que o dobro de facilidade de uma pessoa para outra, em comparação com as cepas anteriores”, disse o CDC, em comunicado, de acordo com a CNN. “Em contraste com a cepa Alpha, novos dados mostram que pessoas totalmente vacinadas que estão infectadas com a variante Delta podem ser infecciosas e podem potencialmente espalhar o vírus para outras pessoas”, completou o órgão.

Nos EUA, a média dos últimos sete dias de novos casos de Covid-19 excedeu os 140 mil – 64% acima do que o registrado há duas semanas e o nível mais alto visto em mais de seis meses. Tanto é que a vice-presidente executivo de Relações Públicas e Políticas da U.S. Travel Association, Tori Emerson Barnes, emitiu uma declaração em apoio à prorrogação do mandato do uso de máscara nos transportes públicos.

“Prorrogar o mandato da máscara para viagens faz sentido para o ambiente de saúde atual e tem total apoio da indústria de viagens”, disse ela. “O uso de máscaras em aeroportos e aviões, trens e outras formas de transporte público é uma proteção eficaz contra a propagação do vírus e aumenta a confiança do público nas viagens – sendo que ambos são fundamentais para uma recuperação econômica sustentada”, completou.