Aeroporto de Joinville deve receber investimentos de R$ 11,29 milhões até o fim do ano
01/07/2013
Até o final do ano, o Aeroporto de Joinville deve receber investimentos de R$ 11,29 milhões em obras e equipamentos. Segundo o superintendente do terminal, Rones Rubens Heidemann, os recursos vão servir como base para um salto que o Lauro Carneiro de Loyola espera dar nos próximos anos.
Para 2014, já estão previstos pelo menos outros R$ 13 milhões para o novo terminal de cargas, que hoje está na fase de projeto, e inclui um posto de abastecimento de aeronaves.
O ano de 2013, que prometia ser positivo graças à entrada em operação do ILS, sistema que possibilita pousos em condições de mau tempo, começou turbulento. Os equipamentos chegaram e estão instalados, mas o funcionamento do sistema fo iadiado para o primeiro semestre de 2014.
Em abril, o aeroporto foi destaque nacional por liderar o ranking dos terminais que mais fecharam em 2012 (163 vezes). E o número de passageiros entre janeiro e maio ficou abaixo do mesmo período nos dois últimos anos, com queda de 34% em relação a 2012 e 35,8% se comparado a 2011).
Para combater os males, recursos: R$ 3 milhões em equipamentos – 2,5 deles para a compra da estação meteorológica (EMS), vilã esquecida que adiou o funcionamento do ILS –; quase R$ 900 mil em reformas no terminal de passageiros; outros R$ 552 mil em melhorias da pista e R$ 6,84 milhões para construir o novo prédio do serviço de combate a incêndio (Sescinc), que ao sair do pátio vai dar espaço para pelo menos mais uma aeronave (hoje cabem três simultaneamente).
A nova edificação do Sescinc terá 2,7 mil m² e capacidade para abrigar de forma confortável os 34 profissionais que se revezam no setor 24 horas por dia.
A intenção é que o prédio tenha espaços como biblioteca, auditório, estacionamento para cinco veículos, refeitório e academia. A licitação, lançada na semana passada, terá as propostas abertas no próximo dia 26. As obras devem começar em setembro.
Será o pontapé das obras relacionadas à ampliação do aeroporto. Por enquanto, esta questão ainda está na fase das desapropriações. O superintendente conta que já foi tomada posse de áreas importantes, como o Clube dos 21 e da Schulze. Ele calcula já terem sido pagos cerca de R$ 7 milhões em desapropriações em cerca de 500 mil m², o que corresponde a um terço das terras necessárias.
Pedido de novos voos
De acordo com o superintendente do terminal, Rones Rubens Heidemann, as condições climáticas deste ano estão desfavorecendo o aeroporto. Isto pode ajudar a explicar a queda no número de passageiros.
Outro ponto é a readequação de voos, como foi o caso da Trip, que, por causa do processo de fusão com a Azul Linha Áreas, cancelou frequências. Mas a expectativa das empresas é de retomar algumas linhas. Em junho, TAM e Azul (em nome da Trip) pediram autorização para novas operações à Agência Nacional de Aviação (Anac).
A TAM sugere viagens para o Aeroporto de Guarulhos em horários que atendem a demanda dos passegeiros que fazem voos internacionais (um dos voos sai às 17h30 de Joinville e chega às 19 horas em SP). Já a Azul/Trip quer mais ligações entre o Lauro Carneiro de Loyola e o Salgado Filho, em Porto Alegre.
— A Azul nos informou que pretende ser homologada para usar o RNP AR (procedimento de pouso habilitado apenas no Santos Dumont, no RJ, e em Joinville) aqui. Esta tecnologia pode nos dar um ganho operacional igual ao do ILS —, diz Heidemann.