A Avianca Holdings anunciou que, a partir de 1º de agosto, os bilhetes emitidos por meio de GDS estarão sujeitos a uma cobrança adicional. Com isso, o canal passa a contar com uma desvantagem em relação aos canais próprios da companhias, como o Avianca NDC e Portal da Agência Avianca .

A companhia destacou que a decisão tem como objetivo beneficiar os consumidores com a economia gerada por esses canais. A economia significa custos de corretagem mais baixos, que é o que as companhias aéreas pagam à GDS, como Sabre, Amadeus e Travelport.

“Os bilhetes podem continuar a ser emitidos através dos sistemas de distribuição global (GDS), no entanto, estão sujeitos a um encargo adicional que será aplicado por segmento de cada bilhete emitido de forma a compensar os custos gerados pelos referidos sistemas”, explica um comunicado da Avianca enviado para agências da América Latina e assinado por Silvia Mosquera , diretora comercial da Avianca.

Para as agências de viagens, a ruptura do NDC significa fragmentar um sistema de vendas que hoje é unificado por meio do GDS, que concentra a maior parte da oferta e das tarifas. Oferecer as taxas NDC das companhias aéreas significa para as agências um novo investimento em tecnologia e treinamento e, além disso, multiplicar o trabalho em plataformas que agora estão unificadas.

É uma das maiores preocupações das agências hoje: que as grandes companhias aéreas queiram sair do GDS tradicional e passar para seus próprios sistemas. Foi o que aconteceu com a Latam Airlines em janeiro , que após anunciar sua decisão de deixar a Amadeus recuou e manteve seu estoque no GDS.