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Segunda, 25 de Novembro de 2024

Mulher é presa nos EUA acusada de forçar filhos adotivos a aparecerem em vídeos do YouTube

21/03/2019

Uma mulher de 48 anos está presa no Arizona, Estados Unidos, acusada de abusar dos sete filhos adotivos. Segundo autoridades locais, eles estrelavam vídeos no YouTube forçados pela mãe, identificada como Machelle Hackney. Outros dois filhos adultos da norte-americana, Logan e Ryan Hackney, também foram detidos.

De acordo com a rede de televisão norte-americana CBS, as crianças foram resgatadas malnutridas, e suspeita-se que a mulher jogava spray de pimenta contra elas e as trancava dentro de um armário durante dias, sem comida, água ou banheiro, além de outras agressões.

A mulher obrigava as crianças a participarem de vídeos no YouTube. O canal em que elas apareciam estava no ar desde 2018 e tinha mais de 700 mil seguidores e mais de 242 milhões de visualizações.

Os vídeos mostravam as crianças jogando jogos e participando de brincadeiras, sem nada que demonstrasse os abusos sofridos. Se os garotos se recusassem a participar das gravações, eles sofriam ameaças ou eram punidos, informou a reportagem da afiliada da CBS no Arizona.

Machelle ganhava dinheiro com os vídeos, mas a polícia não divulgou quanto. A CBS divulgou que o YouTube desmonetizou o canal. A empresa também disse que vai retirá-lo do ar dependendo do resultado da investigação.

Além dos sete filhos adotivos vítimas do abuso, Machelle tinha outros quatro biológicos. Os dois que foram presos nas investigações só confirmaram os abusos após as detenções.

Um deles admitiu que levava escondido comida às crianças presas no armário. Ambos respondem por terem se omitido de denunciar o abuso – uma outra filha de Machelle denunciou o caso às autoridades.

A mãe, por sua vez, vai enfrentar sete acusações de abuso infantil – uma para cada filho adotivo. Ela também responde por cárcere privado e negligência infantil. A Justiça arbitrou fiança de US$ 200 mil, mas até esta quarta-feira (20) a acusada não havia pago o valor para ser libertada.

A polícia do Arizona não divulgou o nome nem as idades das crianças envolvidas para preservá-las.