Victoria nasceu em Málaga, mas foi criada na Alemanha, onde nasceu a mãe. Estuda Relações Internacionais, no Instituto de Empresas de Madrid, e compartilha o andar onde mora com uma amiga. É descrita como sendo tímida e quer passar despercebida, mas as heranças dos seus antepassados trazem-lhe algumas responsabilidades: é herdeira do ducado de Medinaceli e, por isso, tem 43 títulos de nobreza.

Esses títulos não lhe oferecem benefícios legais ou fiscais, mas Victoria nunca se furtou a receber a herança do pai, Marco de Hohenlohe Fernández de Córdoba, de quem lhe advêm grande parte dos títulos e que morreu de cancro, em 2016.

Na altura da morte do pai, Victoria reclamou o pedido que ele tinha feito, em 2014, de adicionar 38 títulos ao ducado de Medinaceli, nove deles que pertenciam à avó, Victoria Eugenia Fernández de Córdoba. A titularidade de 20 deles estava, no entanto, em litígio, uma vez que o tio-avô da jovem Victoria, o duque de Segorbe, já os tinha reservado para um filho, em 2015.

Em 2006, a lei das sucessões em Espanha alterou de modo a que as mulheres pudessem também herdar os títulos de nobreza. Sendo Victoria a filha mais velha (primogénita), é a responsável por herdar o que vem do pai, Marco de Hohenlohe Fernández de Córdoba, que dedicou a vida a arquivar e a documentar a história da família.

Por isso, é que uma das missões que deixou a Victoria foi descrever, catalogar e preservar o arquivo histórico da Fundação Casa Ducal de Medinaceli, onde foi durante muito tempo presidente, e fazer o mesmo com os palácios, notícia o jornal espanhol "El País".

O ducado de Medinaceli é o mais importante da nobreza espanhola e remonta ao século XIII, descendendo diretamente de Afonso X.